Boas Vindas!!!

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Desabafo da Professora Amanda Gurgel

O desabafo da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, foi na verdade o de muitos professores, inclusive o meu. Sou professora da rede municipal de Fortaleza-CE.  E a cada dia ficamos mais perplexos e indignados ao vermos a educação nesse país ser tratada com tanto descaso,  discussos vazios e promessas que nunca chegam ao mundo real. Estamos cansados, não para lutar, estamos em greve por melhores condições de trabalho, pelo pagamento do piso salarial, que diga-se de passagem é lei. Iremos continuar buscando uma verdadeira mudança na educação brasileira, não essa camuflada para inglês ver, mudanças reais, profundas e que garantam que não só a categoria dos professores seja valorizada como merece, mas que todos aqueles que fazem a escola pública, gestão, professores, alunos e pais  sejam vitoriosos.

Abaixo o vídeo da Professora Amanda Gurgel

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Carta Resposta à Reportagem Publicada na Revista Veja

     Após ler a reportagem da revista Veja (está na postagem anterior) fiquei com um profundo sentimento de decepção e indignação. É tão fácil culpar a nós professores por tudo que está acontecendo de errado em nossa educação, ao invés de procurar pelos verdadeiros culpados. Sei que todos os professores que leram essa reportagem devem ter sentido sentimentos parecidos com o meu. Acredito que não somos inacabados, estamos em processo, a cada dia procuramos fazer o nosso melhor. A tarefa não é fácil e atualmente não importa se você é da rede particular ou pública, enfrentamos problemas com indisciplina, violência, baixa remuneração, pouca valorização, péssimas condições de trabalho, entre outras. Mas é preciso acreditar que esse quadro pode ser diferente e procurar fazer o que for possível para mudar, caso contrário não vale a pena continuar. Indignar-se sempre que necessário, calar jamais!!!


      Abaixo, a carta resposta escrita pela professora Andréa Pimpão, do Colégio estadual Júlio Mesquita, Paraná, à Revista Veja.
     Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticas as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fosse escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite??? (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e ...disciplina.

Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores? E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até à passeios interessantes, planejados, minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes” elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;

Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 m.de intervalo, onde tem que se escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. (Professor de Educação infantil, não tem intervalo). Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h. semanais. E a saúde?

É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico, tem que repor horas aulas. Plano de saúde? Muito precário. Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”. Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”, ”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.

Em vez de cronômetros precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo.

Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim ouve-se falar em cronômetros. Francamente!!!

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de bandidismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

Aula Cronometrada

Com um método já aplicado em países de bom ensino, o Brasil começa a investigar o dia a dia nas escolas

Roberta de Abreu Lima


     As avaliações oficiais para medir o nível do ensino no Brasil têm se prestado bem ao propósito de lançar luz sobre os grandes problemas da educação – mas não fornecem resposta a uma questão básica, que se faz necessária diante da sucessão de resultados tão ruins: por que, afinal, as aulas não funcionam? Muito já se fala disso com base em impressões e teoria, mas só agora o dia a dia de escolas brasileiras começa a ser descortinado por meio de um rigoroso método científico, tal como ocorre em países de melhor ensino. Munidos de cronômetros, os especialistas se plantam no fundo da sala não apenas para observar, mas também para registrar, sistematicamente, como o tempo de aula é despendido. Tais profissionais, em geral das próprias redes de ensino, já percorreram 400 escolas públicas no país, entre Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Em Minas, primeiro estado a adotar o método, em 2009, os cronômetros expuseram um fato espantoso: com aulas monótonas baseadas na velha lousa, um terço do tempo se esvai com a indisciplina e a desatenção dos alunos. Equivale a 56 dias inteiros perdidos num só ano letivo.
     Já está provado que a investigação contínua sobre o que acontece na sala de aula guarda relação direta com o progresso acadêmico. Ocorre, antes de tudo, porque tal acompanhamento permite mapear as boas práticas, nas quais os professores devem se mirar – e ainda escancara os problemas sob uma ótica bastante realista. Resume a especialista Maria Helena Guimarães: "Monitorar a sala de aula é um avanço, à medida que ajuda a entender, na minúcia, as razões para a ineficácia". Não é de hoje que países da OCDE (organização que reúne os mais ricos) investem nessas incursões à escola. Os americanos chegam a filmar as aulas. O material é até submetido aos professores, que são confrontados com suas falhas e insucessos. Das visitas que fez a escolas nos Estados Unidos, o pedagogo Doug Lemov depreendeu algo que a breve experiência brasileira já sinaliza: "Os professores perdem tempo demais com assuntos irrelevantes e se revelam incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital".
     Numa manifestação de flagrante corporativismo, os professores brasileiros chegaram a se insurgir contra a presença dos avaliadores dentro da sala de aula. Em Pernambuco, o sindicato rotulou a prática de "patrulhamento" e "repressão". Note-se que são os próprios professores que preferem passar ao largo daquilo que a experiência – e agora as pesquisas – prova ser crucial: conhecer a fundo a sala de aula. Treinados pelo Banco Mundial, os técnicos já se puseram a colher informações valiosas. Afirma a secretária de educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin: "Pode-se dizer que o cruzamento das avaliações oficiais com um panorama tão detalhado da sala de aula revelará nossas fragilidades como nunca antes". Nesse sentido, os cronômetros são um necessário passo para o Brasil deixar a zona do mau ensino.



Fonte: Revista Veja - Edição 2170 / 13 de junho de 2010

terça-feira, 1 de março de 2011

Elogie do jeito Certo

Recebi esse texto por e-mail e adorei!!!!
É muito interessante e me fez refletir como mãe e educadora...
Boa leitura!!!

Elogie do jeito Certo
Por Marcos Meier


Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos. O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança. O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si. Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.
As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa. A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado. Nossos filhos precisam ouvir frases.
Como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu video game foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real. Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente. Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil. Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.
“Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, professor de Matemática e especialista na teoria da Mediação da Aprendizagem em Jerusalém, Israel. Seus livros são encontrados na loja virtual www.kapok.com.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Os 5 mitos da Educação Infantil


      MITO 1- CRIANÇA QUE NÃO COMPARTILHA BRINQUEDOS NÃO ESTÁ ADAPTADA.
       "Você tem de dividir o brinquedo com seu amiguinho." "Isso não é seu, empresta para ele ."
       Frases como essas são comuns em uma turma de educação infantil. Para a criança, muitas vezes, elas podem soar como uma ordem, uma obrigação, causando choro e recusa. "Aos olhos dos adultos, a negação da criança em dividir é vista como egoísmo. "Criar uma situação ameaçadora, aumentando o tom de voz ou sugerindo uma punição caso a criança não divida ou colabore com um colega, não é o caminho.
       O QUE ACONTECE: Nos primeiros anos de vida, a criança encontra-se num momento autocentrado do seu desenvolvimento e desconhece as regras de convivência social. A compreensão do sentido e do prazer de compartilhar virá posteriormente, depois de um processo mais amplo de reconhecimento do outro.

       MITO 2 - CRIANÇA ADAPTADA É EXTROVERTIDA E PARTICIPATIVA.
       Durante uma brincadeira de roda, a turma está toda junta, cantando, apenas uma criança olha para o teto, cantarola baixinho alguns versos e não interage com as outras. A professora chama a atenção: "Cante mais alto! Você está triste? Por que não participa?" Certamente, quem age assim pensa que está incentivando a interação. Contudo, pode ocorrer o efeito contrário. "O mais adequado é se perguntar qual estratégia seria melhor para que a criança responda às atividades". Elogiar apenas alunos mais participativos aprofunda o sentimento de não-pertencimento.
       O QUE ACONTECE: Existem crianças extrovertidas, como também as tímidas. O respeito à personalidade de cada uma é essencial para o processo de adaptação e o direito à timidez precisa ser assegurado.

       MITO 3 - NA EDUCAÇÃO INFANTIL , TODOS PRECISAM SER AMIGOS .
       " Que coisa feia! Dá a mão para o seu colega." Fazer com que as crianças se tornem amigas não é tarefa da escola , mas ensinar a conviver é um conteúdo imprescindível na educação infantil. Nem crianças nem adultos são amigos de todas as pessoas que conhecem e  nem por isso a convivência pessoal ou profissional é inviável. O papel do professor é incentivar e valorizar o que as crianças têm em comum. A escolha sobre com quem elas desejam ter uma relação mais Próxima é absolutamente delas.
       O QUE ACONTECE: No período de adaptação, primeiro há a criação do vínculo para que o trabalho escolar aconteça. Ele deve estar baseado no respeito entre as crianças e entre elas e os professores aos poucos e naturalmente, a afetividade vai sendo construída baseada nas afinidades dentro do grupo.

       MITO 4 - QUANDO ESTÃO INTEGRADOS AO GRUPO, OS PEQUENOS NÃO CHORAM MAIS.
        Basta chegar à escola que as lágrimas aparecem. Se a mãe vai embora, elas aumentam. Na hora de brincar, de comer, de ler, choro. Muitos professores ficam desesperados e tentam distrair a criança mostrando imagens ou levando-a para um canto com brinquedo. Um engano, pois essa atitude pode atingir o objetivo imediato - que é acabar com o choro-, mas não resolve o problema.
       O QUE ACONTECE: "Esta manifestação é apenas um sintoma do desconforto da criança." Interpretar esses outros sinais como inapetência e doenças constantes é fundamental durante a adaptação. O que eles significam? Por outro lado, a ausência do choro não quer dizer que a criança está necessariamente se sentindo bem: o silêncio absoluto pode ser um indicador de sofrimento.

       MITO 5 - A PRESENÇA DOS PAIS NOS PRIMEIROS DIAS SÓ ATRAPALHA A ADAPTAÇÃO
       Na porta da sala, uma dezena de pais se acotovela querendo ver os filhos em atividade. A cena, pesadelo para muitos professores de educação infantil, que não sabem se dão atenção às crianças ou aos adultos, é representativa de um elemento essencial para que a adaptação aconteça bem: a boa integração entre família e a escola, que deve acontecer desde o começo do relacionamento.
       O QUE ACONTECE: Nem todo pai ou mãe conhece as fases de desenvolvimento da criança e as estratégias pedagógicas usadas durante a adaptação. Eles têm direito de ser informados e essa troca é fundamental na transição dos pequenos do ambiente doméstico para o escolar. A ansiedade dos pais vai diminuir à medida que a confiança na escola aumenta e isso só acontece quando há informações precisas sobre a trajetória dos pequenos.
      


 BIBLIOGRAFIA
       A CONSTRUÇÃO DO REAL NA CRIANÇA , Jean Piaget, 392 , págs., Ed. Ática Tel. (11) 3990-1777  (11) 3990-1777       R$36,90.
       OS FAZERES NA EDUCAÇÃO INFANTIL, Maria Rosseti e outros, 208 págs., Ed. Cortez, Tel (11) 3611-9616, R$ 43,00.
       MANUAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL , Anna Bondioli e Suzanna Mantovani, 356 págs., Ed. Artmede, Tel. (51) 3027-7000, R$ 66,00.
       Este material foi organizado pela Equipe pedagógica do Instituto de Educação Monteiro Lobato( Ed. Infantil e Ensino fundamental I)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Objetos de Aprendizagem

Você já ouviu falar em Objetos de Aprendizagem?

Segundo a Wikipédia:
Objeto de aprendizagem (OA) é uma unidade de instrução/ensino que é reutilizável. De acordo com o Learning Objects Metadata Workgroup, Objetos de Aprendizagem (Learning Objects) podem ser definidos por "qualquer entidade, digital ou não digital, que possa ser utilizada, reutilizada ou referenciada durante o aprendizado suportado por tecnologias".
No módulo 5 do curso de Tecnologias Assistivas, aprendemos sobre Objetos de Aprendizagem e como utilizá-lo com os PNEs. Um dos recursos que aprendemos a utilizar foi o Audacity.







O editor de áudio livre e fácil de usar!

O Audacity® é um programa livre e gratuito, de código fonte aberto, para edição de áudio digital. Está disponível para Mac OS X, Microsoft Windows, GNU/Linux e outros sistemas operacionais.

Exploramos as possibilidades desse editor de áudio para apoiar processos de inclusão sociodigital. Tínhamos como tarefa fazer um áudio-livro usando o Audacity. Teríamos que escolher uma história, narrá-la, adicionar efeitos sonoros e músicas. Foi realmente muito interessante. Escolhi a fábula : A Formiguinha e a Neve, de João de Barros, o Braguinha. Para realizar essa tarefa contei com uma ajuda muito especial, do Sávio, meu marido e da Ana Larissa, minha filha. Eles se empenharam junto comigo, eu fui a narradora e fiz os personagens Sol, Rato, Cão e a Morte. O Sávio foi o Muro, Gato e o Homem. A Larissa foi a formiguinha, e diga-se de passagem, foi uma bela interpretação. Meu muito obrigado ao Sávio e a Larissa por estarem junto comigo e me ajudarem. Parabéns, amo vocês!!!

Que tal ouvir agora a fábula da Formiguinha e a Neve...


 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Teste do Marshmallow

Este teste é bastante conhecido e foi feito com crianças de 8 anos.
A criança ficava em uma sala com um Marshmallow olhando para ela e caso resistisse à tentação e esperasse o pesquisador voltar, ela ganharia outro.
Algumas crianças comeram e outras esperaram para ganhar mais.
Isto também foi feito com M&Ms e demais guloseimas.
Depois estas mesmas crianças foram pesquisadas quando tinham 18 anos.
Trata-se de um estudo comportamental (longitudinal único) e pode-se perceber que os impulsivos se tornaram pessoas voltadas para o presente enquanto os controlados possuem uma visão à médio/longo prazo.
Podemos tirar lições na área de finanças, realização pessoal, profissional, etc.
Sempre contrapondo o ganho imediato e o ganho à longo prazo e o que isto traz de benefício e malefício em ambos os casos.
Alguns pesquisadores trabalham com a idéia de saber a hora do sim e do não na tomada de decisões.

Então como sempre falo aos meus filhos:
- Segure seu Marshmallow!!! Vale a pena!!!

Link para assistir ao vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=g8X1eXkR1wI